fevereiro 05, 2015

Voltámos...

... aqui e às urgências do hospital. Já vi que vou ter o meu pequeno doente até o inverno resolver que é hora da despedida... nunca tive tanta pressa que se fosse embora. Mais uma vez perguntei se podia fazer mais alguma coisa para evitar estas recaídas, e mais uma vez me disseram: é esperar que este inverno passe e o próximo também!! (já foram tantos médicos a dizer o mesmo, talvez seja verdade, não?!)

Ah, mas as urgências. Estavam ao rubro, cheiinhas de gente, miúdos aos pulos e pais com cara de enterro, talvez pelas noites que têm passado sem dormir, ou a pensar nas desculpas a dar ao patrão, e em como estarão os outros filhos que deixaram em casa!? Mal entrei pensei que talvez fosse melhor rumar a um hospital privado, porque as probabilidades de sair dali com o miúdo ainda mais doente pareciam-me altíssimas. Mas como a minha relação com o SNS tem sido boa (bato na madeira três vezes) resolvi esperar. Não demorou muito até o meu pequeno ser chamado à triagem, onde recebeu a pulseira que dá para ver às escuras (a laranja). Dali, passámos à sala do aerossol, só para esperar sermos vistos pelo médico, fazer tratamento em seguida, ser reavaliado e ser dada alta... Passaram cerca de duas horas. Repito: a sala de espera estava ao rubro, acho que o saldo foi muito positivo!? Quando saímos, com uma lista de compras da farmácia e a recomendação de mais umas semanas em casa, acho que a lotação da sala de espera estava mesmo lotada... 

Fala-se muito mal do nosso País, ainda mais do nosso SNS e sei que há muita gente com muitas razões de queixa (eu conheço algumas), mas também há muitos pontos positivos que devem ser salientados. Ir às urgências de um hospital com o nosso filho, ser bem atendido, em tempo útil, e sem qualquer custo (para além dos nossos impostos) parece-me justo. Noto muita amargura nas pessoas, alguma agressividade para com os profissionais de saúde, e em muitas situações sem razão do lado do utente. Algumas pessoas não percebem que o estar em "observação" pode fazer parte do tratamento, e não é para o pessoal técnico ir para o bar conviver. Também não entendem que possam existir situações que podiam ser resolvidas em casa, com um telefonema para o Saúde 24, em vez de entupirem as urgências com pulseiras azuis. E tantas outras.
Há que haver bom senso, valorizar o que está bem e melhorar o que devia estar melhor.
Agora vou dormir um bocado, até serem horas de mais um aerossol! Boa noite!



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