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outubro 07, 2016

dia do sorriso...

vais buscar o mais velho à escola e numa de momento-filho-único, convidas o miúdo para lanchar na baixa. conversam sobre o dia, enquanto comem com gula os croissants deliciosos e fazem planos para o resto da tarde. tarde boa esta de outono.
apanham o mais novo em modo passeio e caminham até ao parque. eles brincam, tu tiras fotografias. o fim de tarde perfeito!
ele liga, diz que vai chegar tarde para jantar e sugere piza! olha que bom, pensas, podíamos fazer a piza juntos! combinas com os pequenos e lá vão ao super mais próximo fazer as compras do que falta. um quer flores para enfeitar a casa, outro uma abóbora para o Halloweeen. acenas que pode ser, afinal, não são uns anjos?!
de seguida, devem ter sido picados por algum bicho que eu não vi... desatam a correr pelos corredores, passam entre um suporte publicitário e quase o deixam cair. chamo a atenção, uma, duas, três vezes... estão surdos?? o mais velho quer pegar na abóbora, e tem a brilhante ideia de carregar com ela na cabeça... desequilibra-se e cai sobre a estante dos bolos secos, abrem-se caixas... o pequeno come do chão! a sério??
acabou-se a abóbora! e lá vai ele colocá-la no sítio. chegamos á caixa, não sem outras peripécias pelo meio, e eis que o filho crescido (!) derrama a caixa dos oregãos, há folhas secas a aromatizar todo o tapete rolante... e todo um mundo a olhar para esta mãe que não dá conta deles... ou não!?

mas, pensa positivo, há motivos para sorrir... eles são crianças saudáveis!...

setembro 26, 2016

Rodrigo vai à escola!





primeira semana no primeiro ano.... o que dizer?

nunca foste miúdo de gostar de escola. mesmo para o infantário ias sempre meio contrariado apesar de gostares de lá estar, brincares com os teus amigos e seres acarinhado por todos. no último dia no jardim de infância, nas lágrimas que te lavaram a cara, percebi como afinal foste feliz ali.
agora estamos no mesmo registo, acordas de manhã cheio de dores de barriga, pedes colo e mimo como se tivesses metade da idade que tens. respondo a todos os teus pedidos, salientando sempre com firmeza de que nenhuma dor de barriga te salvará de ires para onde estão todas as crianças de seis anos que têm a oportunidade de poder aprender. um dia, vais ler livros incríveis, vais ter o gostinho de somar o teu próprio dinheiro e o que ainda te é desconhecido passará a ser familiar. vais jogar, conhecer novos amigos, vais brincar e subir todas as árvores que conseguires. aliás, sossega-me esse teu sorriso na hora da saída e o ar maroto com que contabilizas as árvores conquistadas e me contas tudo em tom de confidência!
aqui entre nós, acho que vais ser um miúdo aplicadinho, só para não teres uma nódoa diante da professora, mas sempre ansioso que te libertem da sala para poderes explorar o mundo à tua vontade.

é como te digo, só desejo que todos os teus dias sejam felizes e que todas as experiências te ajudem a a traçar objectivos para que um dia mais tarde, quando as contas já forem tuas, encontres o teu caminho... feliz!





com amor,

mãe



















setembro 21, 2016

sobre este verão, quero guardar....








. a possibilidade de poder estar com vocês;
. a facilidade com que interagem e brincam com miúdos e graúdos.

Duarte:
. os teus abraços apertados;
. a tua convicção ao deitar a chucha fora (para sempre);
. o vigoroso hino nacional cantado por ti ("ás águias, ás águias....)
 a tua decisão (surpreendente) em deixar a fralda da noite;
. a tua alegria ao saltar sem medos para a água;


Rodrigo:
. as tuas declarações (fugidias) de amor;
. a tua emotiva despedida da tua escola de sempre;
. nós a dançarmos o "tá tranquilo, tá favorável" enquanto celebrávamos a vitória no campeonato europeu de futebol!
. o orgulho ao aprenderes dar as primeiras braçadas fora de pé e a mergulhar até ao fundo da piscina.




. a vossa felicidade (e nossa) nas nossas primeiras férias em campismo,
. o nosso jantar a dois, brindado com um por do sol magnifico.


















setembro 19, 2016

o primeiro dia do resto da tua vida....





meu amor, que o voo que inicias hoje seja muito feliz e te leve sempre ao encontro dos teus sonhos!

(15.09.2016)




foi isto que te escrevi aqui, no teu primeiro dia do primeiro ano do ensino básico (aka escola primária). o turbilhão de emoções era demasiado para conseguir escrever mais. não que ache que te tenha dito pouco, nesta frase e em cada sussurro ao ouvido para te mover em confiança. tenho esperado que a poeira acalme nestes dias tão intensos. mas no fundo acho que te disse tudo: tu és capaz. aprender é muito bom. só quero que sejas feliz e que os teus voos sejam sempre tão altos quanto os teus sonhos, para que consigas alcançar todos!





Amo-te,

mãe










setembro 06, 2016

(#) férias, tanto p'ra contar!

vou começar pelas mini férias, as únicas que foram possíveis a quatro.
planeámos 3 semanas de férias, divididas entre a morada dos avós e algumas das melhores praias da costa vicentina e algarve. o plano era fazer-lhes a vontade, comprarmos a casinha azul e irmos acampar, ouvir o vento de noite e acordar com toda a claridade, bem cedo pela manhã. 
por motivos profissionais, de três passaram a duas semanas, de duas a uma, e essa semana espartilhada em mini férias. cumprimos o planeado e a casinha azul (escolhida por eles) ninguém nos tirou. as moradas ficaram reduzidas a uma só, e bem perto de casa, o que acabou por ser uma agradável surpresa.
Andámos apenas 40 km, o que foi óptimo para eles (e para nós) e montamos a nossa tenda em Cabanas de Tavira! Um parque óptimo, com piscina, e com balneários e espaços a pensar nas famílias! Claro que já conhecemos esta zona do Algarve, mas ficar nos lugares sem ter horas para voltar para casa e puder escolher cada dia uma praia é bem melhor!


a Praia Verde e a de Manta-rota foram as escolhidas. óptimas, com um grande areal e apesar de estarem com bastante gente dava para estendermos a toalha à vontade. o resto foi fazer-lhes a vontade e ficar pela piscina.




acho que os meus filhos se tornaram uns peixes neste verão. o Rodrigo já anda fora de pé, já sabe ir ao fundo da piscina e não entrar em pânico, mas claro que ainda precisa de (muita) vigilância. o Duarte, sozinho certificava-se que tinha as braçadeiras, mas se nos apanhasse na água era vê-lo atirar-se na maior das descontracções. difícil era tirá-los de dentro de água! divertiram-se imenso e em pouco tempo fizeram amigos. uma pena não podermos estar mais uns dias.


já tínhamos acampado os dois, mas nunca com os miúdos. estava um pouco reticente, honestamente, não me apetecia muito voltar a dormir no chão, a ter cuidado com as formigas e a tomar banho em balneários... e esta é realmente a parte menos agradável. mas depois há as brincadeiras com a lanterna à noite na tenda, há a sensação de aventura, triplicada quando se tem duas crianças ao lado, a possibilidade de, de um dia para o outro podermos arrumar tudo e rumar a outras paragens, as amizades fáceis feitas na rua coberta de árvores, entre miúdos de todas as pontas do País.
as crianças são simplesmente felizes desde que brinquem com os seus pares, tenham o nosso carinho, a sensação de liberdade e comam uns gelados de vez em quando. (risos) é preciso é não complicarmos muito para termos uns dias fantásticos!
talvez não por muitos dias, porque actualmente aprecio mais um hotel, mas uma semana por ano ou um fim de semana ou outro, porque não? eles adoraram e este fim de semana já temos um novo destino!




E vocês, qual o vosso tipo de férias eleito? Adorava a vossa partilha!





Sofia**









agosto 25, 2016

# nós por cá...

There's no place like home...









...dizem que não há lugar como o nosso ninho e eu concordo. correr o país e o mundo para conhecer lugares novos é maravilhoso, mas a sensação de chegar a casa e podermos andar de olhos fechados porque conhecemos cada canto, reconhecemos os cheiros, nos sentamos no sofá que se encaixa no nosso corpo e descansamos na almofada que já tem a nossa forma... é regenerador! 
mas, e o nosso ninho, onde fica mesmo? 

será aquele onde um dia fomos tão pequenos que não chegávamos à mesa de jantar, onde dissemos as primeiras palavras, ouvimos os primeiros raspanetes e entrámos à socapa numa noite de verão, onde a comida é a melhor do mundo, mesmo que tenhamos passado meia vida a reclamar dela, onde as sestas são as melhores e o pequeno almoço divinal, e nada está ao nosso gosto, mas onde nos sentimos sempre, sempre tão bem.

ou será a casa que escolhemos, para a qual pensámos cada detalhe, onde construímos a nossa família e criamos os nossos filhos, em que as paredes estão longe de estarem imaculadas, os bonecos estão em todo o lado, e as memórias ainda são tão frescas que se sentem. a nossa comida é agora a melhor ou a pior, consoante a hora da birra ou não, mas os mimos que lhes damos constroem as manhãs de panquecas e batidos feitos a pedido.


there's no place like home... casa, lar, ninho, é onde nos sentimos bem, onde há amor, afecto, onde tudo nos é familiar, ou se torna, conforme nos permitimos essa intimidade. casa é cheiro, é abraço, sorrisos e conversas desgarradas. tenho a sorte de ter dois lugares assim. 


nós por cá já fomos até casa, ao encontro dos abraços que aconchegam e da melhor comida conforto do mundo. já rimos muito, criámos momentos e vivemos outros que aconteceram por si só. voltamos agora para o nosso lugar, o cantinho onde construímos dia após dia a nossa família e onde queremos que mais tarde, os nossos filhos possam voltar também.... ao ninho!









Sofia**




































agosto 15, 2016

férias, uma confusão!?





os dias de férias com eles não são sempre fáceis. Há birras para gerir, disputas para acalmar, limites que eles querem ultrapassar e que nós temos que saber ter mão (e cabeça) para equilibrar, entre a educação e a descontracção que se quer em tempo de lazer. Ter férias com eles implica ter um plano alimentar elaborado para que se alimentem de manhã, não falte comida na praia (a fome é sempre voraz), nem jantar ao fim do dia. Por norma, saltamos a sopa, que com este calor ninguém aguenta, mas a alimentação tem que ter muita fruta, iogurtes, proteína, coisas minimamente saudáveis a contrastar com a junk food que nesta alturas facilitam e acabam por estar mais presentes. 
Vou com eles para todo o lado, para espanto de alguns. Vou de barco, de carro, a pé se for preciso. Levamos o essencial e quem tem filhos sabe que o essencial pesa! Mas eles já vão ajudando alguma coisa, o que facilita. Na praia há que ter mil olhos em cima deles, porque à mínima distracção e já estão dentro de água, a passear longe de nós (sobretudo o mais pequeno), ou a incomodar alguém. Mal escolhemos o nosso lugar na areia, é tratar de espalhar o protector solar (várias vezes), colocar as braçadeiras e desbobinar as 1001 recomendações, que nunca são demais.
O mar é sempre uma maravilha, mas uma preocupação também! A temperatura da água tem estado óptima, mas a bandeira amarela avisa das fortes correntes, o que não nos permite estar 100% à vontade. Estou sempre por perto, sempre a segurar num e de olho no outro. (Ainda bem que tem estado um caldinho, senão não sei como seria!)


todas estas coisas levantam pequenas tensões. eles não gostam de estar sempre a ser avisados, sobretudo o mais velho. não querem por protector, não querem usar braçadeiras, não querem esperar entre comer e os mergulhos no mar... só querem aproveitar. às vezes chamam-me chata, e por vezes tenho que levantar o tom de voz. acontece. mas estar de férias com eles também é isto. é saber gerir a dinâmica das relações, mãe e filhos, pai e filhos, irmão e irmão. férias é isto mesmo. uma confusão. não é?



depois, no fim de cada dia, assim como a natureza se alinha para nos brindar com o seu mais belo espectáculo, também naturalmente, nós nos alinhamos, e de repente tudo flui. eles ouvem-nos, nós não gritamos, os mergulhos fazem parte da brincadeira, a areia já não incomoda, nós não temos que dar ordens e eles naturalmente fazem o que nós precisamos. quero acreditar, que são eles a a retribuir aquilo que lhes damos ao longo do dia. eles sabem, eles percebem. 





Sofia**













agosto 13, 2016

# nós por cá...


 





Está um calor bom, que convida a um mergulho matinal, seguido de um almoço à fresca e os pé na areia para ver o por do sol. Apesar da bandeira amarela ser uma constante nos últimos dias, não podíamos pedir mais da temperatura da água: está óptima! Dá para ficar horas lá dentro a saltar nas ondas na maior diversão. As noites estão quentes, e só se está bem a passear na rua, com um vestido leve, a denunciar o bronzeado e sandálias o pé, confortáveis para andar até ao gelado mais próximo. Sabe tão bem o Verão!



O Duarte continua sem falar na chucha, mas nas últimas noites acorda a pedir colinho, para compensar a falta do consolo que a xuxu lhe dava. Está tão engraçado este meu pequeno, bebezão assumido. Tem um sorriso aberto e uma gargalhada bem sonora e engraçada. Segue o mano para todo o lado, adora-o.

O Rodrigo tem mais um dente a abanar.* Creio que em breve o seu sorriso terá uma "janela" gigantesca como cartão de visita. Continua naquela dualidade (às vezes chata) do engraçado que tem ainda de criança e o nariz empinado de um rapaz crescido. Queixa-se de que o mano o chateia e lhe estraga as brincadeiras, mas é vê-los abraçados a declararem-se um ao outro.



As férias aqui ainda estão a meio gás, esperamos ainda que o pai se junte a nós, mas vivendo no melhor lugar do País, dá para ir aproveitando! ;)








Sofia**









*14.08.2016: após muito abanar, o Rodrigo lá conseguiu arrancar o seu sexto dente... e ficou com um varadim no seu sorriso!









agosto 07, 2016

# nós por cá...






Os dias vão passando e o cansaço e a rotina vai-se sobrepondo ao que mais queremos fazer.
Passou-se muita coisa por aqui que é digna de constar neste diário/blogue/caderno digital que se tornou um vicio.

O Rodrigo teve o seu último dia de infantário no dia 22 e quis celebrar com um bolo feito na véspera, junto comigo. (Foi iniciativa dele e fiquei muito contente com a atitude, porque em datas importantes esta já uma tradição mãe-filho que eu gostava de manter.) Ele ainda não tinha bem consciência do que significava aquele dia, apesar de já o termos preparado, e foi no último minuto que caiu em si. despediu-se dos amigos (quase todos vão para outra escola) e do colo que o acolheu nos últimos seis anos. Chorou muito, afinal, seis anos são uma vida. a dele.

Limpas as lágrimas e cortados os caracóis que fazem muito calor, fizeram-se as malas dos pequenos que foram passar uma semana aos avós. Entre praia e piscina, gelados e passeios, mimos e primas pequenas, as saudades apertaram e ansiedade fez com que uma semana lhes parecesse um ano (no exagero das palavras do mais velho). O abraço com que me receberam quando os fui buscar, ainda hoje me aperta o pescoço! (risos)

Esta noite deu-se um importante passo para o Duarte que finalmente dormiu sem chucha. Estava mesmo muito agarrado a ela, depois da semana de férias então, andava quase todo o dia de chucha. Até já cheirava mal. mesmo. Começámos a dizer-lhe que estava estragada e às escondidas fiz-lhe um buraco. Ontem foi todo decidido deitá-la no lixo. (tirá-mo-la, nas costas dele, não fosse a noite correr mal) Dormiu a noite toda e só hoje de manhã voltou a falar na amiga. Mas sem dramas, nem voltou ao balde do lixo. Acho que foi o fim desta relação de três anos e meio!!


Agora cá estamos, a aproveitar estes dias quentes e à espera que o pai largue o trabalho, para podermos finalmente descontrair os quatro e tornarmos memoráveis os momentos em que vivemos o melhor que a vida tem. 






E vocês, já de férias?
Boas férias para quem pode, e quem não puder, que saiba aproveitar em cada folga os mergulhos no mar, a brisa dos fins de tarde e as cores que alegram cada Verão!





Sofia**







julho 19, 2016

aquele choro que deixa saudade... *

Tenho uma vizinha nova. e quando digo nova, quero dizer recém nascida. Oiço-a todas as noites, mais ou menos à mesma hora, naquele choro inconsolável e estridente que só os recém-nascidos sabem ter. Aquele som capaz de fazer enlouquecer os pais inexperientes, que não sabem se serão cólicas, se será fome, se é melhor embalar nos braços ou deitar no berço. E mesmo para aqueles que já passaram do primeiro filho, estes choros às vezes não são fáceis.
Invariavelmente, oiço a porta a abrir e o choro a tornar-se mais audível, até se desvanecer no elevador. A nova vizinha vai embalada nos passos da mãe, de passeio no sling, para ver se todos os males lhe passam.




Impossível não recuar seis anos e reviver este choro, estes primeiros meses de tentativa e erro e de descobertas com um primeiro filho. O Rodrigo era assim. Chorou durante três meses, todos os dias, mais ou menos á mesma hora. Este choro que nos perfura o tímpano e nos baralha a razão. Exactamente há seis anos (tenho as fotos por dias!) ele era este pequeno ser a querer descobrir o mundo, certinho na hora de comer e chorar, que adorava mama e dormir de barriga para baixo - só no sofá e comigo ao lado. Há seis anos estava este calor que só acalma à noite, na rua, com grandes passeios embalados pelos nossos passos e ao som do bater do coração. 
Impossível não reviver a experiência do nosso primeiro filho e, acreditem ou não, com saudades.







Sofia**








* para as mães de recém nascidos que me estejam a ler: não se preocupem, isso passa! O Rodrigo, depois dos 3 meses, dormia noites seguidas e adormecia sozinho. Até hoje!












julho 03, 2016

Rodrigo,




desde que fizeste seis anos que estou para te escrever. Não é que me faltem as palavras, os sentimentos, ou a emoção, mas acho que tenho estado absorvida nas imensas mudanças que te noto e nas que se avizinham. Não é só na roupa ou no tamanho dos teus sapatos que te meço o crescimento. É sobretudo nas conversas, no jeito esclarecedor com que dizes o que sentes, como te mostras desagradado, nas palavras estranhas que tentas enfiar, naturalmente, no teu discurso seguidas da inevitável pergunta "o que é que isso quer dizer, mãe?".
Estou em constante flasback entre o bebé minúsculo, frágil e tão querido que ainda ontem amparava nos meus braços, e o rapazola reguila e enérgico que hoje corre em frente aos meus olhos. As inseguranças que me envolviam há seis anos são, na sua essência, as mesmas que me assolam agora: como te dar o melhor de mim? como te proteger sem te enfiar numa redoma? como te passar os melhores valores para que sejas um adulto integro e feliz? como te educar dentro do equilíbrio da brincadeira e do respeito, do prazer da conquista e a angústia da perda, da liberdade e da diferença... a tua e a dos outros?
São tantas as dúvidas que aos meus olhos voltas a caber na palma das minhas mãos, não pesas nada, não dizes uma palavra, e ainda assim, (já) és o mundo para mim.



amo-te,

mãe











instagram @sofia_ferr










junho 08, 2016

(uma pausa nos sonhos)

tenho os dois filhos doentes em casa. na segunda chamaram-me porque o mais novo tinha febre, mas é o mais velho que está pior. os últimos dias, apesar de mal dormidos, apesar de os ter mais caiditos, têm sido cheios de mimos, ausentes de horários e pressas, tal como eles gostam. Ah, e muita escrita... nota-se muito? Já escrevi mais em dois dias do que nos últimos dois meses, arrisco-me a dizer. 
Gosto tanto de ter este tempo para eles, só não gosto que estejam doentes!






Sofia**








junho 07, 2016

Velha infância!

Como já vos tinha dito aqui, este ano, a segunda grande festa de aniversário do Rodrigo, o sexto (!) iria ser old fashion, sem recorrer a aluguer de espaços cheios de insufláveis, nem cupcakes ou bolos de pasta de açúcar. Arriscámos - e digo isto porque ainda não fui a nenhuma festa para crianças ao ar livre (!) - e enviámos os convites com a indicação do parque público onde iria decorrer o evento. E aos poucos começaram a chegar as confirmações. (confesso, estava com receio de que sem o apelativo de ter os miúdos "presos" nos insuportáveis, houvesse quem escondesse o convite aos filhos!).
Esquecendo que chegámos ao parque uma hora antes e já não havia mesas disponíveis (as poucas que existem), que tivemos que ir comprar gelo à última da hora e buscar uma mesa a casa, correu tudo super bem. Os miúdos divertiram-se, andaram de baloiço, correram, molharam-se, jogaram à bola e à apanhada, e os pais conviveram e lancharam a por a conversa em dia.
Foi muito bom! Nós gostámos, os convidados também, e acima de tudo, o Rodrigo adorou e diz que se divertiu muito!

 




Deixo-vos algumas dicas que utilizei para o lanchinho e que fui vendo e guardando no meu Pinterest:

- O tema era os Vingadores, por isso as cores azul, branco e vermelho foram predominantes;

- Pedi a uma amiga com jeito para as letras que fizesse os balões de Parabéns e a dizer Obrigado! (que coloquei na caixinha com as ofertas para os convidados)

- As ofertas, tão simples quanto bolinhas de sabão! Vi no Jumbo os tubinhos com os Vingadores e, nem de propósito, tratei logo de as trazer comigo! - foi outra parte divertida da festa, os miúdos adoraram, mas só dei depois dos parabéns.

- O bolo: de laranja coberto com chocolate, mini-oreos e pintarolas. Não sobrou fatia!!

- Lanche: mini cachorros (embrulhados em celofane e guardanapos azuis e vermelhos), salame de chocolate, brownie de chocolate e framboesas, bôla de carne (ficou tão boa!!), pipocas e salgadinhos. Alguma fruta, água, ice-tea e umas minis (para os adultos, claro)

Tinha guardado umas caixinhas de morangos, que pintei de vermelho e utilizei-as para servir o lanche. Deram graça à mesa e a ideia foi um sucesso!

Correu bem e só tenho pena que o Du faça anos no inverno, senão marcava já a mesa para o 4º aniversário!! ;)

E por aí, mas alguém a apostar nas festas do nosso tempo? Todas as ideias são bem vindas, se quiserem partilhar!




Sofia**




instagram @sofia_ferr


















maio 28, 2016

Aniversário ao ar livre






É já segunda feira que o meu rapazolas faz seis anos. 6!!! Nem acredito que tenho um filho tão crescido e alto, prestes a entrar no ensino básico! Que bom! Que medo! Que emoção!!
Bom, mas com a chegada do dia chegam também todos os preparativos e pormenores dos festejos. Ele fez algumas exigências: passar o dia só connosco (dia do filho único), bolo na escola e um amiguinho para jantar com ele cá em casa! 
Tudo ok. Tirei o dia de férias e conto satisfazer-lhe todos os desejos. Mas depois há a festa! Pois, que isto de fazer anos e não ter uma "festa a sério" não tem nada a ver!
Este ano vamos mesmo para a frente com o lema "less is more". Menos amigos, menos complicações, menos dinheiro, menos confusões. Conto reunir alguns amigos no parque, com balões, uns docinhos e o bolo, jogos tradicionais e muita diversão. Não sei o que acham por aí, mas nós gastámos uma pipa de massa no ano passado por duas horas com um monte de miúdos aos gritos nos insufláveis e comida de plástico em que eles não tocaram! Custou-me gastar este dinheiro, sobretudo porque fiquei com a sensação que ele teria ficado igualmente feliz com algo mais simples!
É desta que vamos ao parque, com alguma pena de não se comparar a este parque, mas convictos que nos vamos divertir e fazer o nosso rapazolas feliz!




Sofia** 




instagram @sofia_ferr



maio 27, 2016

o separador central!



Comecei este blogue já depois de ter sido mãe mas sem o objectivo claro de escrever sobre a maternidade. Aliás, o primeiro post fala sobre o clima que se fazia sentir a 12 de Janeiro de 2012, como se estivesse a falar com um estranho no elevador e a conversa da treta viesse à baila. Se me perguntarem, não sei se diga que este é um blogue de mãe, porque falo sobre viagens, gostos, paixões, ideias, modo de vida... 
Há alguns dias que não venho aqui, não tenho tempo mesmo. Escrevo imensos posts na cabeça, aponto tópicos, quero colocar fotografias minhas para ilustrar, mas falta-me tempo. Tenho optado por me levantar mais cedo para fazer exercício e ao fim do dia custa-me vir para o computador. Sorry! Mas é nestas alturas, mais distantes, que reconheço que a maternidade é um separador central neste espaço só meu. Porque no pouco tempo que tenho, o que quero deixar escrito, o que não me quero esquecer, tem tudo a ver com eles. Cada um deles tem um separador só seu e imagino sempre o dia, (muito longínquo) em que eles irão ler (e rir) o meu testemunho sobre o seu crescimento. 
Espero sinceramente que gostem. Eles e vocês que se mantêm por aí! Prometo diversificar, prometo ir mais além, mas acima de tudo, manter-me fiel a mim mesma, e ao que de mais importante tenho na vida. 





Bom fim de semana!!

Sofia**









instagram @sofia_ferr







maio 16, 2016

Prenda censurada!

O aniversário do Rodrigo está quase aí, é já no fim do mês, e a par da excitação dele com o dia, a minha preocupação por ainda não ter decidido o que fazer (para além de ter ter tirado o dia de férias!), há que gerir a ansiedade dos avós. 
O Rodrigo é o primeiro neto de ambos os lados, e embora já tenha mais três pequenos seres a roubar-lhe a atenção, ele é efectivamente o primeiro, o que implica que seja ele a revelar todas as fases e descobertas em primeira mão. O primeiro passeio de bicicleta, o primeiro dente que nasce, a primeira ida à piscina, as primeiras palavras, o primeiro dente que cai, o primeiro a aprender os números e letras... enfim, é ele quem nos vai mostrando (ou relembrando) como é passar por todas estas coisas em primeira mão! 
Voltando então ao busílis da questão (o aniversário e as prendas) os avós estão em pulgas para lhe oferecer um tablet (objecto com que ele estabelece grande ligação quando vai a casa deles). E digo "em pulgas" porque ao que parece já me fizeram esta conversa o ano passado - não me lembro - e diz que eu disse que quando ele fizesse 6 anos lhe podiam oferecer um! Pois bem, ele vai fazer 6 anos no fim do mês e eu continuo sem querer que ele tenha um tablet. "Ah, coitadinho que deve ser a única criança que não tem! Oh, mas porquê, podes impôr-lhe regras de utilização. Mas que chata, qual é o mal do miúdo ter um tablet?? Vai ser um infoexcluído!" (são algumas das coisas que eu tenho que ouvir ou o que os olhares transmitem!)
Pois, está tudo muito bem, todas as criancinhas têm um tablet, é normal vê-los nos almoços de família agarrados à tecnologia, nas viagens de carro (em família), na hora de ir para a cama, em todo o lado se vêem crianças muito avançadas tecnologicamente, expeditas na arte de manejar os ditos aparelhos. Eu vejo por ele, quando vai a casa dos avós e apanha o tablet, ninguém dá mais pela sua presença, já para não falar na fita que faz sempre (mesmo sendo avisado) que tem que largar aquela coisa para vir para a mesa!
Dito isto, vetei mais uma vez esta prenda. Ele ainda nem sabe ler, agora é que vai para o 1º ciclo (tenho que esquecer a primária!) e eu gostava que ele passasse pelo menos este Verão mais ligado aos desportos radicais do que propriamente aos jogos digitais!
E depois ainda há outro factor, o mano! Ora se não quero ver o de seis anos apegado à informática muito menos quero o de três, e acredito que, quanto mais adiar a coisa para um melhor para o outro, ou para ambos!

Deixo-vos aqui com esta família que me parece tudo menos infeliz, e ao que contam, nem Tv têm!!



E vocês, concordam comigo ou acham um exagero? Já censuraram prendas por aí?
Contem-me tudo! :)



Sofia**








instagram @sofia_ferr





maio 08, 2016

o dia da mãe...







é todos os dias, desde que aqueles dois tracinhos rosa saltaram à vista em 2009.
Este ano, o dia da mãe teve um gostinho ainda mais especial, depois de umas férias em que ficámos pela primeira vez quase uma semana sem nos vermos. As saudades eram imensas e eles não nos largaram o fim de semana inteiro. Soube tão bem cada abraço, cada beijo, cada brincadeira. A cara deles quando nos reencontraram...

À medida que os filhos crescem as coisas não ficam mais fáceis. Eles tornam-se mais independentes, vão formando o seu caminho, mas os desafios vão sendo cada vez maiores. Talvez porque ser mãe (e pai) não tem a sua maior importância no comer e vestir. Não, é no educar que nós somos mesmo importantes. Mas à parte disso, o melhor é a capacidade que eles vão adquirindo de nos retribuírem o amor e o carinho que lhes damos. Os desenhos feitos no infantário, as frases que ditam à professora, as confissões que nos fazem ao ouvido, têm um gostinho tão mais doce, mais sentido, verdadeiro, vindo directo do coração. Olhá-los, vê-los meninos, já sem traços de bebés, mas reconhecer-lhes em cada gesto ou atitude um bocado de nós não tem preço. 
Ser mãe destes dois (vocês os dois) é o melhor que me podia ter acontecido. E este dia da mãe foi mesmo muito feliz!





mãe









instagram @sofia_ferr 















maio 06, 2016

escrever para não esquecer...






Rodrigo,

não sei se um dia te vais lembrar, um dia quando essa energia estiver mais domada e os teus caracóis mais seguros, mas no teu crescimento pautou (também) o medo, a insegurança, o receio de falhar.
Num certo dia, tiveste medo de subir para a tua bicicleta, meio de transporte que tratas por tu desdes os dois anos. Já tinhas os dedos de uma mão em idade, o mundo todo à tua frente, e um novo desafio: manter o equilíbrio, sem ajudas, sem apoios, sem rodinhas.
O medo condicionou-te, a insegurança disse-te que não, tu disseste que não. Nós compreendemos, a sério que sim. Já passamos pelo mesmo. (Para dizer a verdade, ainda hoje...) Mas não podíamos deixar que ficasses por ali, que desistisses. O pai tentou uma nova estratégia, tu colaboraste, acreditaste e encontraste o equilíbrio entre o medo e a coragem, a insegurança e a vontade de seguir em frente... e voaste, aos nossos olhos voaste, filho. Mais depressa do que imaginamos, confesso, mas conseguiste como sempre acreditamos que irias fazê-lo!

Isto para te dizer, que será assim pela vida fora. Vais ter medo, vais querer desistir, vais recear cair e vais dar alguns tombos, muitos talvez. Mas lembra-te sempre de que um dia, neste dia, encontraste a harmonia entre o que te prende ao chão e o que te deixa voar. Tu conseguiste! Nós estavamos lá, mas foste tu que acreditaste, tentaste e conseguiste. Mais ninguém! Um dia, outro dia, quando essa energia estiver mais domada e os teus caracóis mais seguros, mas o medo e a insegurança te soprarem ao ouvido, lembra-te: tu consegues, e nós, nós estaremos sempre por perto para o que precisares!





mãe







(neste dia, 13.03.2016)




instagram @sofia_ferr

abril 21, 2016

à noite




É um desatino para os fazer deitar. Eles querem enfiar em duas horas o que não fizeram o dia todo: estar connosco, brincar, falar. Nós queremos isso tudo, mas temos que dar banho, fazer o jantar, apanhar a roupa, vestir-lhes o pijama e vigiar a higiene. Tentamos sempre fingir o dia em duas horas. Contamos os dez quinze minutos, tentando que pareçam trinta ou quarenta. Às vezes chega-lhes outras não. Fazemos desenhos, brincamos ao faz de conta, ou construímos legos, contamos histórias. A frase "meninos, está na hora..." nunca é bem recebida. Normalmente é chutada para canto e remetida para segundo plano quando combinamos a historinha na cama do pai e da mãe. 
Quando finalmente estão na cama deles, querem um mimo sossegado, os braços à volta do pescoço, o nananina, e aí relaxam e contam como foi o dia deles. O que os amigos fizeram, o que a educadora disse, o que pensaram em determinada altura. Não vale a pena perguntar-lhes nada antes. A resposta não vai passar do tudo bem. Mas nesta hora, nestes minutos antes de fecharem os olhos, já ouvi grandes revelações, já ajudei a desencucar (grandes) problemas, já me ri muito com eles. Dou beijos, muitos, recebo muitos em troca. Acaricio-lhes os cabelos, embalo-os nos sonhos, oiço a sua respiração, mais profunda e serena, e saio de cena.
Não troco estes minutos da noite por nada, mesmo que me roubem (muitos) minutos ao meu descanso (merecido) no sofá. É neste momento que eles voltam a ser meus, os meus bebés. 
E à noite, acontece o melhor momento do dia!







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imagem Pinterest

abril 18, 2016

Mexendo no arquivo...



... das fotografias e encontrar esta "animação". Já tem mais de um ano, esta sequência de pulos e saltos, pura diversão num passeio de fim de semana... (longo suspiro) 

(Tão pequenino o menino crescido cá de casa. Nunca me canso de lhes tirar fotografias e ver como mudam, ainda que aos olhos de "todos os dias" pareçam iguais! Ah, e a roupa e sapatos. Também são uma boa maneira de vermos cooommooo crescem!!)


Que esta animação nos faça pular rapidamente para os três dias de alegria que aí vêem!






Boa semana!

Sofia**











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