voltei a sentir aquela vontade de conhecer algo novo, desbravar caminho, alargar horizontes. depois de anos a lutar contra o sono, a tentar manter-me desperta, a forçar-me de certa forma a gostar do que tinha mesmo ali ao lado, eis que a paixão voltou a surgir assim, do nada, cheia de vontade de me fazer (mais) feliz.
não, não falo de um novo amor, porque nesse capítulo a paixão mantém-se presa à mesma personagem. revelo-vos antes que me voltei a apaixonar pela leitura! a sério? um livro? é disso que falas?? - dizem vocês, talvez...
sim, um livro! mais do que um, aliás, já vou no segundo e estamos no inicio do 4º mês de 2017! saliento o já porque sinceramente, perdi a conta às passagens de ano em que uma das minhas resoluções era ler pelo menos um livro! e lamento dizer, mas desiludi-me de todas as vezes. excepto agora, algo me fez pegar num livro que estava na estante esquecido há cerca de quatro anos e oferecido por ele. tentei lê-lo mais do que uma vez mas sem efeito. vinha o sono, o peso nas pálpebras, e todas as desculpas para o voltar a encostar.
fui leitora activa durante vários anos. a minha mãe sempre me ofereceu livros de aventura, ciência, romances, mais tarde livros de psicologia, e eu lia todos com a vontade de viver a vida daquelas personagens, de descobrir lugares, de saber mais coisas, conhecer outras realidades, deixava-me levar literalmente pelas palavras.
depois vieram os filhos e não sendo eles os responsáveis a verdade é que me retiraram boas horas de sono e de descanso no sofá onde não havia nada mais reconfortante do que pegar num livro e viajar. confesso que nos últimos 7 anos, tirando blogues, artigos de jornal e alguns livros técnicos, o único livro que consegui ler foi
O que vejo e não esqueço, de Catarina Furtado. a admiração que tenho pelo caminho que tem vindo a traçar e a importância do seu papel solidário prenderam-me a todas aquelas histórias tão dificeis.
não sabia por onde começar. claro que nunca se deixa de saber ler, mas às tantas, depois de uma ausência prolongada de um hábito, fiquei sem saber que tipo de livro deveria escolher. fui muitas vezes para a Fnac, vaguear pelas estantes, pegava num e noutro mas não trazia nenhum! optei então por pegar na prata da casa e aquele que estava cheio de pó no escritório devolveu-me o hábito de leitura. de seguida comecei com outro que a minha cunhada me emprestou há mais de um ano, e é por Itália que viajo neste momento. como não vi o filme, tudo para mim é novo e como adoro viajar, até agora, estou a gostar do que leio!
para quem como eu adora viajar pelas letras mas tem esse ritual adormecido: peguem num livro, qualquer um, e voltem a ler! é maravilhoso!!
e se quiserem deixar dicas de leitura, serão muito bem vindas!
beijinhos,
Sofia**